quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pronomes

Um maldito apelo emocional, como se o cume não fosse o bastante para ver a vista, como se precisar ir mais alto fosse sensacional, eu não sei o que nos derrubou amor, a empatia ou a premissa de satisfação? O que não foi dito era o que eu esperava que pudéssemos responder, todos esses malditos atos, todas estas situações que não foram criadas para que parecêssemos inteligentes e legais, hoje eu digo que perca de tempo foi essa?

Ela nunca fica ligada o bastante e seu tedio seletivo são causados por problemas de falta de personalidade e não por charme ou marra com imaginávamos que pudesse ser. Toda essa perturbação e todo esse barulho, anteriormente muito legais e muito empolgantes, hoje me parecem chato demais, sair para buscar diversão é tão embaraçador quanto o que me foi pago para fazê-lo.

Ele não percebeu que foi tirado de seu vitro, expelido como uma flor ao nascer no inverno, o conformismo e o saudosismo nocivo foi forte demais para tira-lo do ar, não notou que já não era mais o mesmo, e todas essas garrafas vazias não são mais provas de outra noitada marcante, e sim de um fator de proteção de toda essa gente que agora o julga por ser um libertino aposentado.

Você que correu quando o primeiro deslize veio, que jurou amor eterno até o primeiro muro, que me conduziu por um mundo que nunca existiu, e se isso fosse significativo eu não teria te deixado ir? Você me critica e diz que as feridas ficam mais expostas ao sol, eu te falo que o contrario, elas se abrem a noite, quando todo o futuro que nós tínhamos vaza, escorre a cada nascer do dia.


Nós que nunca pertencemos. Que nunca acreditamos, estamos tão compenetrados com o rodar da roda, que não notamos que  não somos quem esperávamos ser, será que foi apenas a idade? Nós nos unimos para dividir as endorfinas, e não poderíamos fazer isso pra sempre, porque o nós era um conjuntos de vários eu, e nunca foi verdadeiro, e só se prolongou porque eu não tinha merda melhor pra fazer.